O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) passou por um exame na manhã desta quarta-feira, 2, que revelou “intensa esofagite com processo inflamatório, erosões da mucosa esofágica e gastrite moderada”.
Segundo o boletim médico, a equipe médica de Bolsonaro optou por intensificar o tratamento medicamentoso, que já havia sido iniciado há alguns dias. Os médicos reforçaram ainda as orientações para “moderação da fala, dieta regrada e repouso domiciliar”.
Mais cedo, por meio das redes sociais, Bolsonaro confirmou o cancelamento da agenda política dele para o mês de julho. O ex-presidente admitiu que tem sofrido com “crise de soluços e vômitos” constantemente e que isso estaria o impedindo “até de falar”. Bolsonaro chegou a cancelar uma viagem a Goiás durante o feriado de Corpus Christi em junho por conta de um mal-estar.
De acordo com a equipe médica do ex-mandatário, o objetivo do repouso domiciliar é “garantir a completa recuperação de sua saúde após cirurgia extensa e internação prolongada, episódio de pneumonia e crises recorrentes de soluços, que dificultam a sua fala e alimentação”.
Em abril deste ano, o ex-mandatário foi submetido a uma cirurgia que durou 12 horas para retirar aderências no intestino e reconstruir a parede abdominal. A operação foi realizada após ele passar mal durante uma viagem ao Rio Grande do Norte.
Desde o atentado a faca sofrido em 2018, Bolsonaro já passou por seis cirurgias abdominais. Em 2019, precisou de intervenção cirúrgica para reconstruir o intestino e corrigir lesões no fígado. Entre 2021 e 2022, precisou corrigir aderências intestinais e tratar uma obstrução intestinal. No ano seguinte, passou por uma nova operação para corrigir uma hérnia de hiato.