Em entrevista ao jornal Washington Post, o ministro Alexandre de Moraes, afirmou que não vai recuar um milímetro no processo contra o ex-presidente Jair Bolsonaro e disse não se intimidar com as sanções impostas pelo governo dos Estados Unidos. Segundo o ministro, ele vai fazer o que é certo, sendo que a acusação já foi recebida, que agora vai analisar as provas, e quem tiver que ser condenado, será condenado; quem tiver que ser absolvido, será absolvido.
Em entrevista, Moraes diz que não vai 'recuar um milímetro' no processo contra Bolsonaro0 seconds of 0 secondsVolume 45%00:0000:00
A entrevista ao jornal dos estados unidos foi concedida neste mês pelo ministro, em seu gabinete. ele contou ainda que estava assistindo a um jogo do corinthians quando foi informado, pelo celular, de que Bolsonaro descumpriu as ordens de não utilizar as redes sociais e que decidiu agir imediatamente para determinar a prisão domiciliar do ex-presidente no dia 4 de agosto.
O ministro afirmou ainda que o processo é legal legítimo e que cento e setenta e nove testemunhas já foram ouvidas. Questionado se teria poder demais, Moraes rejeitou a ideia. Disse que seus colegas do Supremo já revisaram mais de 700 decisões suas após recursos e que ele não perdeu nenhuma.
Ao Washington Post, Moraes também afirmou que essa tensão entre Estados Unidos e Brasil é "temporária" e motivada por questões políticas e desinformação. Ele apontou Eduardo Bolsonaro como um dos responsáveis por esse cenário.
Já aqui no Brasil, o Superior Tribunal de Justiça recebeu da Justiça americana um pedido para intimar o ministro do STF, Alexandre de Moraes, em uma ação movida contra ele nos Estados Unidos pela rede social Rumble e pela Trump Media, empresa do presidente americano, Donald Trump. Elas acionaram a Justiça americana para impedir que Moraes remova perfis das plataformas. A alegação é de que as decisões não são de competência da Justiça brasileira. O presidente do STJ, o ministro Herman Benjamin, agora é quem vai decidir sobre o pedido de intimação.