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Em interrogatório, Cid nega ter visto Bolsonaro incentivar atos de 8/1

CNN Brasil | 09/06/2025 23:43
Foto: Divulgação
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Tenente-coronel afirmou ao STF não ter visto o ex-presidente mencionar qualquer informação antecipada sobre as manifestações

O ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL), tenente-coronel Mauro Cid, disse ao Supremo Tribunal Federal (STF) nesta segunda-feira (9) não ter visto o ex-presidente mencionar qualquer informação antecipada sobre os atos de 8 de janeiro ou incentivá-los.

Durante interrogatório, o advogado de Bolsonaro questionou se Cid, durante o período em que trabalhou no Palácio do Alvorada, ouviu alguma fala do ex-presidente que indicasse incentivo ou conhecimento prévio das manifestações que invadiram a sede dos Três Poderes.

Mauro Cid respondeu apenas “não senhor”. Em depoimento que iniciou às 14h desta segunda-feira, Cid confirmou articulações golpistas para impedir a posse de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e disse que Bolsonaro leu e editou minuta golpista, no entanto, não citou incentivos diretos aos atos de 8 de janeiro.

O STF começou a realizar, nesta segunda (9), os interrogatórios dos réus do chamado "núcleo crucial" da ação penal que apura uma tentativa de golpe de Estado após a eleição de 2022. Mauro Cid é o primeiro a ser ouvido.

Ao todo ainda serão ouvidos oito réus, são eles:

  • Alexandre Ramagem, deputado e ex-chefe da Abin;

  • Almir Garnier, ex-comandante da Marinha;

  • Anderson Torres, ex-ministro da Justiça;

  • Augusto Heleno, ex-ministro-chefe do GSI;

  • Jair Bolsonaro, ex-presidente da República;

  • Paulo Sérgio Nogueira, ex-ministro da Defesa;

  • e Walter Braga Netto, ex-ministro da Defesa e vice de Bolsonaro na eleição em 2022.

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