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Hamas chama de ‘crime de guerra’ decisão de Israel de assumir controle de Gaza

Istoé com AFP e Reuters | 08/08/2025 15:39

O Hamas descreveu a decisão de Israel de assumir o controle da Cidade de Gaza como um “crime de guerra”, acrescentando que o governo israelense “não se importa com o destino de seus reféns”.

O movimento islamista palestino alertou ainda que o plano significará o “sacrifício” dos reféns. “A aprovação pelo gabinete sionista dos planos para ocupar a Cidade de Gaza e evacuar seus habitantes constitui um novo crime de guerra que o Exército de ocupação deseja cometer contra a cidade e seus cerca de um milhão de habitantes”, reagiu o movimento islamista palestino.

“Esta aventura criminosa sairá cara e não será uma jornada fácil” para o Exército israelense, acrescenta o comunicado divulgado no Telegram.

A decisão de ocupar a Cidade de Gaza, anunciada na madrugada desta sexta-feira após uma reunião do gabinete de segurança do primeiro-ministro israelense, “confirma que o criminoso [primeiro-ministro israelense Benjamin] Netanyahu e seu governo nazista não se preocupam com o destino dos reféns”, disse o grupo em um comunicado.

“Entendem que expandir a agressão significa sacrificá-los, revelando sua imprudência em relação à vida dos prisioneiros com objetivos políticos que já fracassaram”, destaca o movimento islamista.

O Hamas mantém 49 reféns em seu poder, dos quais 27 estariam mortos, desde seu ataque sangrento em 7 de outubro de 2023 em território israelense.

Hamas e seu grupo aliado, a Jihad Islâmica, divulgaram três vídeos de propaganda na semana passada que chocaram Israel e provocaram uma condenação internacional unânime.

Em dois dos vídeos, aparecem dois reféns muito magros e enfraquecidos, um deles cavando sua própria sepultura na escuridão de um túnel.

Em seu comunicado, o Hamas afirma “que não economizará esforços para tomar todas as medidas necessárias para preparar o terreno para um acordo, incluindo avançar para um acordo global para libertar todos os prisioneiros da ocupação de uma só vez, alcançar um cessar-fogo e a retirada das forças de ocupação”.

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