Um médico, de 44 anos, foi preso após agredir funcionários de um hotel de luxo em Aracaju. A informação foi divulgada, neste domingo (20), pelo Hotel Vidam.
O hotel informou que a prisão ocorreu na última sexta-feira após o hóspede, que é de São Paulo, chegar com sinais de embriaguez ao local. Ele agrediu fisicamente um dos funcionários e cometeu o crime de injúria racial contra outro, além de ter danificado diversos objetos e mobílias do hotel.
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Após ser preso pela Polícia Militar, o médico passou por audiência de custódia, teve a prisão convertida em preventiva.
Na decisão judicial, que decretou a prisão preventiva do acusado, o médico deveria ser detido no Complexo Penitenciário Antônio Jacinto Filho (Compajaf). No entanto, ele ficou custodiado em uma cela especial na 4ª Delegacia Metropolitana de Aracaju (4ª DM), por não haver um espaço de prisão especial na unidade prisional.
Ainda, o texto da decisão destacou a gravidade da conduta, o risco de reiteração criminosa e a necessidade de proteger a ordem pública. O documento também ressaltou que o comportamento do suspeito demonstra desprezo pela dignidade da pessoa humana e pela igualdade racial, agravado pelo fato de ser um profissional da saúde, com responsabilidades éticas e sociais elevadas.
A Secretaria do Estado de Segurança Pública (SSP/SE) informou, por meio de nota, que instaurou inquérito policial para apurar as circunstâncias do ocorrido e que vídeos gravados por funcionários serão utilizados para auxiliar na investigação.
A SSP disse ainda que, até o momento, em 2025, foram contabilizados 207 casos de racismo em Sergipe. As práticas incluem injúria racial, discriminação através de meios de comunicação social, negar emprego por motivo de discriminação de raça e cor, dentre outras.
O médico permanece preso, solicitou pedido de habeas corpus, que foi negado, e está à disposição da Justiça. O caso será remetido ao juízo competente para o prosseguimento do processo criminal.
O advogado de defesa do médico disse, em nota, que já está adotando as medidas judiciais cabíveis para revogar a prisão preventiva, para responder ao processo em liberdade. Na manhã desta segunda-feira (21), a defesa solicitou mais um pedido de habeas corpus que ainda está em análise.
A gerência do Grupo Vidam disse que repudia as agressões do hóspede e se solidariza com os funcionários, que receberam apoio após a ocorrência.