Com mais de 12 milhões de seguidores, redes da cantora evidenciam como perfis nas redes sociais também passam a compor o inventário e exigem avaliação técnica
A morte de Preta Gil, aos 50 anos, deixou o Brasil em luto. Reconhecida por sua trajetória na música, na televisão e no ativismo, a artista também construiu uma presença digital expressiva, com milhões de seguidores que acompanharam de perto sua vida, sua luta contra o câncer e seus posicionamentos públicos. O que muitos não sabem é que, além do impacto afetivo, essa presença digital pode representar também um valor patrimonial concreto.
Com mais de 12 milhões de seguidores apenas no Instagram, as redes sociais de Preta Gil permanecem ativas e continuam acumulando interações. O que fazer com esses perfis após a morte de uma pessoa pública é uma pergunta cada vez mais relevante. Mais do que espaços de memória, as redes podem ser compreendidas como ativos, capazes de gerar receita e compor o espólio.
Campanhas ainda veiculadas, contratos com marcas, direitos de imagem, royalties e parcerias comerciais tornam esses perfis um ponto de atenção em processos de inventário e sucessão. Em alguns casos, os herdeiros optam por transformá-los em memoriais. Em outros, mantêm a gestão ativa sob responsabilidade da família. Há ainda quem escolha encerrar a conta. Todas essas decisões envolvem uma etapa anterior que ainda é pouco conhecida: a avaliação técnica e jurídica da presença digital.
No Brasil, a Pericial Digital é referência nesse tipo de análise. A empresa atua com laudos que consideram alcance e engajamento reais, projeção de receita, contratos vigentes e histórico de monetização. A partir desses dados, é possível estimar o valor do perfil e definir sua inclusão no inventário com base jurídica sólida. A metodologia também orienta famílias, advogados e gestores sobre possibilidades de continuidade ou encerramento da presença digital.
O trabalho da Pericial se aplica não apenas a artistas, mas também a influenciadores, criadores de conteúdo e profissionais com base de seguidores significativa. Em todos os casos, o perfil pode ser tratado como um bem patrimonial: avaliado, incluído no espólio e, se necessário, partilhado.
Além do valor financeiro, há um aspecto simbólico cada vez mais relevante. As redes sociais também guardam memórias e afetos. Preservar esse espaço de forma ética, técnica e sensível é uma maneira de proteger o que foi construído em vida, com o mesmo cuidado que se dedica a imóveis, empresas ou investimentos.
Tratar a presença digital com seriedade é respeitar o legado de quem partiu e dar às famílias ferramentas concretas para tomar decisões seguras e conscientes. O caso de Preta Gil ajuda a evidenciar que o digital também faz parte da herança e precisa ser cuidado com responsabilidade.
Sobre a Pericial Digital
A Pericial Digital é pioneira na análise de perfis digitais como parte do patrimônio em processos de sucessão. Atua em inventários, consultorias jurídicas, disputas patrimoniais e gestão de legados digitais. O trabalho da empresa envolve tecnologia, sensibilidade e conhecimento jurídico, permitindo avaliar com precisão o valor econômico e simbólico de ativos digitais.
Sobre as especialistas
A Pericial Digital é liderada por Pâmela May, jurista especializada em direito de família e sucessório e bens digitais, e Ana Lima, especialista em influência, reputação e presença on-line. Juntas, oferecem uma abordagem integrada e atualizada sobre o papel dos perfis digitais em cenários de sucessão.