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Ostras vendidas em SP e SC têm bactérias e metais tóxicos, diz estudo

CNN Brasil | 11/07/2025 23:17
Ostra fresca sendo servida. Imagem ilustrativa  • Yukiko Kanada/Unsplash
Ostra fresca sendo servida. Imagem ilustrativa • Yukiko Kanada/Unsplash

Cientistas alertam para risco sanitário; moluscos acumulam no corpo substâncias filtradas na água

Foram encontradas bactérias resistentes e metais tóxicos em altos níveis em ostras prontas para o consumo vendidas em mercados de São Paulo e Santa Catarina, de acordo com uma pesquisa da Universidade de São Paulo (USP) em parceria com a Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e o Instituto de Pesca.

A pesquisa publicada na revista científica Food Research International analisou ostras em mercados paulistas e catarinenses entre setembro de 2022 e março de 2023 e levou os moluscos para análises laboratoriais.

As análises detectaram o metal pesado arsénio (Ar) em níveis considerados altos pelos cientistas, com até 1,95 mg para cada quilo do molusco — a concentração máxima autorizada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) é quase a metade, de 1 mg/kg.

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O metal é considerado tóxico para o organismo humano e pode causar desde náusea e diarreia até residência renal e cardíaca. O alerta dos cientistas é para a capacidade de bioacumulação dos moluscos.

Organismos chamados de consumidores primários, como moluscos bivalves e peixes filtradores, como as sardinhas, filtram a água do mar em busca de alimentos microscópicos. Ao filtrar a água, eles acumulam metais e toxinas no seu corpo.

As ostras também apresentaram bactérias resistentes. Ao menos cinco bactérias multirresistentes a antibióticos como a Escherichia coli, considerada prioritários pela Organização Mundial da Saúde (OMS), foram detectadas.

O estudo afirma que as ostras são um problema de saúde pública que requer vigilância e estratégias de manejo adequadas. A CNN entrou em contato com os governos de São Paulo e Santa Catarina e, até o momento, não obteve resposta.

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