Escrevera Lauthenay Perdigão: No ano de 1911, fundou-se em
Maceió, o Clube Alagoano de Regatas. Uma agremiação cheia das melhores
intenções, mas totalmente vazio de meios para cumprir o seu desideratum.
Chega-me às mãos, o majestoso livro Dom Lauthenay Um Quixote do Esporte
Nacional.
São 400 páginas bem escritas, recheadas de fotos que retratam a
vida, obra e luta do Guardião da Memória Esportiva Alagoana e Brasileira.
Segundo Jorge Souto de Moraes - Um justa Homenagem. Tudo que ele diz,
serve com o ensinamento. É como um professor em sala de aula, que se impõe
pelo conhecimento, pelo respeito e, acima de tudo cronista esportivo.
Dos mais velhos aos mais novos. Por essas razões, felicito os
cronistas Mário Lima e Wellington Santos. A quatro mãos trouxeram à tona a
saga do inesquecível paladino do esporte. Certa vez, estive no seu sagrado
lugar de trabalho. Recebeu-me com a fidalguia que lhe era peculiar. Fez
questão de mostrar seus artigos enfocando o esporte. O arquivo bem cuidado,
e, principalmente, o entusiasmo que criou o Museu dos Esportes Dida. Tudo
cuidado com amor, dedicação e, sobretudo, com sua força esportiva. Aliás, fora
pioneiro no tocante a fundação do Estádio Rei Pelé.
Dentre os textos inseridos nessa enciclopédia, destaco os imortais:
Divaldo Suruagy e o Historiador Luiz Sávio de Almeida. “ O livro é necessário e
um presente para Alagoas; aliás, Alagoas e Lauthenay se identificam o seu
nome leva a um jornalista sério, brilhante, historiador fecundo e um homem que
trabalha pela preservação da memória de um componente que é fundamental
no cotidiano do Estado ”.
A dedicada esposa Augusta, bem como as filhas Virgínia Gorretti,
Patrícia Valéria e Marta, que foram sustentáculos pela bravura do esposo, pai,
avô extremado. Sem elas, seria impossível realizar o sonho. O poeta argentino
Jorge Luís Borges dissera: Um projeto de uma rua pode ser modificado. Mas o
sonho de uma rua é imutável e quando muda é outro sonho.
Lauthenay ganhou manchetes nacionais. Seu trabalho edificante
consolidou a memória esportiva alagoana. Folheando a obra, vê-se: sua foto de
artilheiro, com Paulo Nery, Mauro, Carioca e Valmar. Em 1956, com o blazer do
Tiradentes, em viagem para o jogo em Recife. Ademais, Esquadra do Guido
Fontgalland, no Colégio Guido (1958), Dida e Zaga, Lau acompanhou toda
história gloriosa de Dida, desde quando o viu jogar até a Seleção Brasileira e
colocar seu nome no Museu.
Trata-se, portanto, de um comentário feito por amigos-admiradores,
àqueles que o acompanharam a vida inteira. Sendo assim, felicito a feliz
iniciativa de inserir no museu a sua própria história de luta, tenacidade, que
povoaram suas ideias de eternizar os imortais do futebol local e nacional.